ATA DA QUADRAGÉSIMA SEXTA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA
PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM
16-12-2009.
Aos dezesseis dias do mês de dezembro do ano de dois
mil e nove, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a
Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e trinta minutos, foi realizada
a segunda chamada, respondida pelos vereadores Adeli Sell, Bernardino
Vendruscolo, Beto Moesch, Dr. Raul, Ervino Besson, João Antonio Dib, João
Carlos Nedel, João Pancinha, Luciano Marcantônio, Maria Celeste, Mauro
Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Sebastião Melo, Toni Proença e Valter
Nagelstein. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou
abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Airto
Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, DJ Cassiá, Elias Vidal,
Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Luiz Braz, Nilo Santos, Paulinho Ruben
Berta, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon e Waldir Canal. Em PAUTA, Discussão
Preliminar, 1ª Sessão, esteve o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do
Executivo nº 023/09, discutido pelo vereador João Antonio Dib. A seguir,
constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 038/09. A seguir, foi
apregoada a Emenda nº 03, de autoria do vereador João Antonio Dib, Líder da
Bancada do PP, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/09 (Processo
nº 5425/09) e foi aprovado Requerimento de autoria de Sua Excelência,
solicitando que essa Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões
Permanentes. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 255/09. Após, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador
João Carlos Nedel, deferido pelo senhor Presidente, solicitando votação em
destaque para a Emenda nº 02, aposta ao Projeto de Lei Complementar do
Executivo nº 008/09. Em continuidade, foi aprovado Requerimento verbal
formulado pelo vereador Sebastião Melo, solicitando alteração na priorização
para a Ordem do Dia da presente Sessão, tendo-se manifestado a respeito o
vereador Airto Ferronato. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto
de Lei do Executivo n° 036/09. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o
Projeto de Lei do Legislativo nº 234/08, após ser discutido pelos vereadores
Adeli Sell, João Antonio Dib, DJ Cassiá, Luiz Braz e Nelcir Tessaro. Em
Votação, foi aprovado o Requerimento nº 156/09, após ser encaminhado à votação
pelos vereadores Mauro Pinheiro, Alceu Brasinha e Ervino Besson. Em
continuidade, o vereador Bernardino Vendruscolo formulou Requerimento verbal,
solicitando alteração na ordem priorização para a Ordem do Dia da presente
Sessão, tendo-se manifestado a respeito os vereadores João Carlos Nedel,
Bernardino Vendruscolo, Mauro Zacher, Reginaldo Pujol, Valter Nagelstein, Maria
Celeste, Pedro Ruas, Luiz Braz, Haroldo de Souza e Nilo Santos. A seguir, foi
aprovado o Requerimento verbal acima referido, formulado pelo vereador Bernardino
Vendruscolo, solicitando alteração na ordem de apreciação do Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 008/09, por dezesseis votos SIM, dois votos NÃO e
quatro ABSTENÇÕES, após ser encaminhado à votação pelos vereadores Bernardino
Vendruscolo, Luiz Braz, Reginaldo Pujol, Valter Nagelstein, Maria Celeste e
João Antonio Dib, em votação nominal solicitada pela vereadora Maria Celeste,
tendo votado Sim os vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto
Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, João Pancinha, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mauro Zacher, Nilo
Santos, Paulinho Ruben Berta, Reginaldo Pujol e Valter Nagelstein, votado Não
os vereadores Airto Ferronato e Haroldo de Souza e optado pela Abstenção os
vereadores Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas e Sofia Cavedon. Na
ocasião, o vereador Valter Nagelstein manifestou-se acerca da ordem dos
trabalhos da presente Sessão e registrou as presenças, neste Plenário, dos
senhores Zulmir Ivânio Breda e André Brum, respectivamente Secretário Adjunto
da Fazenda e Agente Fiscal da Receita Municipal. Após, foram apregoadas as
seguintes Emendas: nº 02, de autoria do vereador Luiz Braz, Líder da Bancada do
PSDB, e da vereadora Sofia Cavedon, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 286/08
(Processo nº 7041/08); nº 04, de autoria do vereador Mauro Zacher, Líder da
Bancada do PDT, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/09 (Processo
nº 5425/09); e nº 01, de autoria da vereadora Maria Celeste e dos vereadores Airto
Ferronato e Reginaldo Pujol, Líderes, respectivamente, das Bancadas do PT, do
PSB e do DEM, ao Projeto de Resolução nº 001/09 (Processo nº 0268/09). Também,
foram aprovados os seguintes Requerimentos: de autoria do vereador Mauro
Zacher, solicitando que a Emenda nº 04, aposta ao Projeto de Lei Complementar
do Executivo nº 008/09, fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões
Permanentes; de autoria do vereador João Carlos Nedel, solicitando a retirada
de tramitação da Emenda nº 02, aposta ao Projeto de Lei Complementar do
Executivo nº 008/09 (Processo nº 5425/09); e de autoria do vereador Nelcir
Tessaro, solicitando que os Projetos de Lei do Legislativo nos 095 e
149/09 (Processos nos 2205 e 3453/09, respectivamente) fossem
considerados em regime de urgência e submetidos à reunião conjunta de Comissões
Permanentes. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados a Emenda nº 01,
aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 029/09, e o Projeto original, após
serem discutidos pelos vereadores Waldir Canal, Luciano Marcantônio e Paulinho
Ruben Berta. Após, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador
Sebastião Melo, solicitando alteração na priorização para a Ordem do Dia da
presente Sessão. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto
de Lei do Legislativo nº 222/09, por vinte e seis votos SIM, tendo votado os
vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo,
Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio
Dib, João Carlos Nedel, João Pancinha, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria
Celeste, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho
Ruben Berta, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Toni
Proença e Valter Nagelstein. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovadas as
Emendas nos 01 e 02, apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº
286/08 e o Projeto original. Ainda, foi apregoado Requerimento de autoria da
vereadora Sofia Cavedon, deferido pelo senhor Presidente, solicitando que o
Projeto de Lei do Legislativo nº 106/05 (Processo nº 2267/05) fosse incluído na
Ordem do Dia, nos termos do artigo 81 da Lei Orgânica do Município. Às onze
horas e cinquenta e quatro minutos, o senhor Presidente declarou encerrados os
trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária do dia de
hoje, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores
Sebastião Melo, Adeli Sell e João Carlos Nedel e secretariados pelo vereador
Nelcir Tessaro. Do que eu, Nelcir Tessaro, 1º Secretário, determinei fosse
lavrada a presente Ata, que, após aprovada
pela Mesa Diretora, nos termos do artigo 149, parágrafo único, do Regimento,
será assinada pela maioria dos seus integrantes.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Estão abertos os trabalhos da presente Sessão.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 3544/09 – SUBSTITUTIVO Nº 01, de autoria dos Vereadores Nelcir Tessaro e
Reginaldo Pujol, que institui o Programa de Recuperação de Crédito Habitacional
do SFH e o Programa de Recuperação de Créditos Imobiliários Oriundos de
Recursos Próprios e dá outras providências, ao PROJETO
DE LEI DO EXECUTIVO Nº 023/09.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, nós
estamos aqui com o Substitutivo nº 01, de autoria dos Vereadores Nelcir
Tessaro, nosso futuro Presidente, e Reginaldo Pujol, que institui o Programa de
Recuperação de Créditos Imobiliários Oriundos de Recursos Próprios e dá outras
providências. O Projeto de Lei é do Executivo.
Entendo que esses dois Vereadores - ambos foram
Diretores-Gerais do DEMHAB - têm condições de dar melhor estrutura ao Projeto.
Evidentemente, se procura dar condições para que os créditos sejam recuperados
pelo Executivo no sentido de que se possa construir mais em razão dos
interesses da Cidade, ainda mais que nós vivemos um momento em que a população
toda está ansiosa. Eu falei na população toda, mas, na verdade, estou falando
da população que não tem habitação, que tem dificuldade de conseguir habitação
e que está ansiosa por ter oportunidade de realizar o sonho da casa própria. A
casa própria é um sonho de todas as famílias, e nem todas conseguem;
infelizmente, é muito difícil. Há muita publicidade em torno do Programa Minha
Casa, Minha Vida, mas, na verdade, ainda não chegamos lá; porém, quanto mais
perto nós estivermos, melhor.
Dessa forma, eu espero que tenhamos condições de
votar até o fim do ano, quando se encerra a Sessão Legislativa, apesar de esta
ser a 1ª Sessão de discussão deste Substitutivo ao PLE nº 023/09.
De qualquer forma, é importante que ele seja
discutido nos seus mínimos detalhes. E eu lastimo não ter tido a oportunidade
de ler o Substitutivo apresentado pelos dois nobres Vereadores, mas eu tenho a
convicção, volto a dizer, de que são dois experts
no assunto, e nós teremos, por certo, um Projeto muito bom. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Sebastião Melo): Está encerrada a Pauta.
Havendo quórum, passamos à
Eu convido os Srs.
Vereadores a aproximarem-se da Mesa, para organizarmos o andamento dos
trabalhos. (Pausa.)
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 4318/09 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 038/09, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro,
que concede o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre ao senhor Walmor Paulo
Sauter.
Pareceres:
- da CCJ. Relatora
Verª Maria Celeste: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. DJ Cassiá: pela aprovação do Projeto.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o
PR nº 038/09. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo a Emenda de Liderança nº 03 ao PLCE nº
008/09, de autoria do Ver. João Antonio Dib.
Em votação o Requerimento do Ver. João Antonio Dib,
solicitando dispensa do envio da Emenda nº 03 ao PLCE nº 008/09 às Comissões da
Casa. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 5844/09 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 255/09, de autoria do Ver. Sebastião Melo e outros, que
inclui art. 50-E na Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986 – que estabelece o
Sistema de Classificação de Cargos e Funções da Câmara Municipal de Porto
Alegre e dá outras providências –, e alterações posteriores, criando a
Gratificação Especial e dando outras providências, e revoga o art. 46 dessa Lei
e a Resolução nº 1.819, de 30 de junho de 2004.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ, CEFOR E
CUTHAB. Relator-Geral Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, III, da LOM.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLL nº 255/09. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em
votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO. (Palmas.)
Apregoo o
Requerimento do Ver. João Carlos Nedel para que a Emenda nº 02 ao PLCE nº
008/09 seja votada em destaque.
Em discussão o PR nº
001/09. (Pausa.) Passamos esta matéria, se houver
concordância, Ver. Ferronato, mais para o final do Espelho, porque há
solicitação de Emenda.
Em votação o
adiamento da discussão do PR nº 001/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Esta matéria será
apreciada no final da Sessão de amanhã.
V. Exa não
concorda, Ver. Ferronato?
O SR. AIRTO FERRONATO: É mais um dia que se
vai.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Tão logo seja
protocolada a Emenda, eu coloco em votação o PR nº 001/09. Pode ser?
O SR. AIRTO FERRONATO: Está bem.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 5087/09 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 036/09, que revoga a Lei nº 10.603, de 29 de dezembro de
2008, que estabelece o Plano de Carreira dos Funcionários da Agência de
Inovação e Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Porto Alegre (Inovapoa),
dispõe sobre o Plano de Pagamento e dá outras providências.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o
PLE nº 036/09. (Pausa.) Não havendo quem queira discutir, encerrada a discussão.
Em votação o PLE nº 036/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por
unanimidade.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 5727/08 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 234/08, de autoria do Ver. João
Antonio Dib, que inclui § 3º no art. 3º da Lei nº 10.260, de 28 de setembro de
2007, assegurando ao usuário do estacionamento temporário remunerado, em vias e
logradouros públicos de uso comum, o direito de receber, em 2 (duas) vias, o
comprovante da retribuição pecuniária devida.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Marcelo Danéris: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. Mauro Pinheiro: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Paulinho Ruben Berta: pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH.
Relator Ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLL nº
234/08. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLL nº
234/08.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, eu
faço questão de discutir esta matéria, até porque nós temos de ter um pouco de
calma em algumas votações. Há alguns Vereadores que estão propondo Emendas ao
Projeto do Executivo que trata das questões tributárias. Enquanto isso, eu faço
questão de discutir o Projeto do Ver. João Antonio Dib, que inclui o § 3º no
art. 3º da Lei nº 10.260, de 28 de setembro de 2007, assegurando ao usuário do estacionamento temporário remunerado, em vias
e logradouros públicos de uso comum, o direito de receber, em 2 (duas) vias, o
comprovante da retribuição pecuniária devida.”
Na verdade, a questão de
estacionamentos, principalmente a questão de vias públicas, da área azul, é
algo nebuloso que nós temos hoje na Administração Pública do Município. Eu já
solicitei informações, Ver. João Dib, sobre quanto a Prefeitura, de fato,
recebe dessa empresa acerca da área azul, do estacionamento rotativo, e a EPTC
não responde, mas eu quero adiantar às senhoras e aos senhores que estou
preparando vários processos - não é um - contra a EPTC, inclusive, porque,
assim como não responde sobre a questão da área azul, não me respondeu sobre a
questão do transporte clandestino de alunos da Ritter dos Reis! Enquanto nós
temos sete, oito transportadores devidamente credenciados, que tiveram que
repintar as suas vans, seus carros
com “Escolar”, pagam 2% de ISSQN, há dois trambiqueiros que não sofrem nenhuma
fiscalização da EPTC. Isso é crime, e o Poder Público não fiscaliza, Ver. DJ
Cassiá, os azuizinhos estão ali, atrás da Prefeitura, e não multam os que
estacionam no local do Prefeito e dos Vereadores, porque nós temos, todos os
dias, reunião na Prefeitura ou no prédio dos fundos com algum Secretário, ou
reuniões naquela região - aí não multam. Mas o pobre coitado que comete
qualquer deslize, ao invés de os azuizinhos orientarem aquela balburdia ali,
multam, multam, e multam.
E aqui, nós estamos vendo
que não há controle da área azul, não há fiscalização da área azul, que foi
terceirizada por uma empresa que manda e desmanda. Então, nós não temos
critérios, e o Ver. João Dib, em boa hora, pede, solicita, a duplicidade do
recibo. Essa é uma forma de se controlar, organizar e ter um efetivo controle,
porque ao ser aprovada esta legislação - Ver. João Dib, que eu tenho
convicção de que não apenas a minha Bancada, mas todos os Vereadores votarão
favoravelmente à proposta -, eu vou querer saber quanto, efetivamente, está
sendo arrecadado. Como a EPTC não respondeu, eu vou ao Ministério Público
socorrer-me do Promotor César Faccioli, que cuida do patrimônio público, porque
nós temos que abrir essa caixa-preta - essa é uma verdadeira caixa-preta! Nós
queremos saber quanto essa empresa está ganhando, porque, da mesma forma que
nós não sabemos nada sobre isso, de um dia para outro, terminou o contrato dos
famosos “pardais” do Deputado Záchia - lembram-se dos “pardais faturadores” do
Deputado Záchia? -; eles desapareceram como num passe de mágica, terminou o
contrato, e a gente não sabe por quê. E o Poder Público, inoperante,
incompetente, não fez a devida licitação e ainda faz campanha para levantar a
mão para cruzar nas faixas como se isso fosse resolver o problema sem o trabalho
efetivo dos azuizinhos - isso é uma balela, é um comportamento de quinta
categoria. O Secretário passa o tempo inteiro viajando; todo o mundo já o
conhece como Luiz Afonso “viajando” Senna, que nunca está em “cena” na cidade,
mas que conhece as ruas de Londres como ninguém. Esse Secretário incompetente,
que ganha bem, que continua dando aula na universidade, que continua dando
palestras pelo mundo afora, não resolve esse problema comezinho da cidade de
Porto Alegre.
Portanto, eu quero elogiar o Ver. João Dib, que já
foi Secretário de Transportes, que está atento às questões da Cidade e que
propõe essa legislação. Vou acompanhá-lo, Ver. João Dib, neste Projeto, que vai
nos dar, inclusive, elementos para exigir - e vamos ao Ministério Público - que
se abra a caixa-preta da Área Azul de Porto Alegre. Estou com V. Exa,
voto favoravelmente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
discutir o PLL nº 234/08.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu sou
avesso a fazer mais leis, no entanto algumas coisas precisam ser feitas. O
primeiro Vereador nesta Cidade a falar em estacionamento temporário pago - e o
fez em 1971 - foi o Ver. João Dib, mas a ideia era simplificar. Agora está
funcionando bem a Área Azul, em que o Ver. Luiz Braz e eu tivemos participação,
mas eu recebi reclamações de muitas pessoas que utilizam o estacionamento e têm
que deixar o tíquete no veículo. Ora, se eu tenho um estacionamento pago, eu
devo ser ressarcido se o meu veículo tiver qualquer problema, principalmente se
ele for furtado lá. Portanto, a maneira de fazer com que o indivíduo tenha uma
prova de que estacionou o seu carro é levar o tíquete consigo e deixar o outro
no carro, para que a fiscalização possa ser exercida. Se eu vou ao
supermercado, ao passar no portão, eles me dão o tíquete; há um supermercado
que não dá tíquete, mas o veículo é televisado nos momentos em que entra e em
que sai.
Então, acho que essa Lei é simples, mas clara,
concisa e precisa. Acho que a lei deve ser aprovada, sim, e tenho a convicção
de que os meus Pares darão à população essa oportunidade de proteger o seu
patrimônio. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. DJ Cassiá está com a palavra para discutir o
PLL nº 234/08.
O SR. DJ
CASSIÁ: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, imprensa,
Ver. João Antonio Dib, o seu Projeto nos faz, neste momento, perguntar a esse
órgão para onde vai o dinheiro, quanto é arrecadado e onde é aplicado. Eu, como
a grande maioria das pessoas, quero saber, Vereador! E esse seu Projeto, pode
ter certeza, tem o apoio deste Vereador.
Acho, Ver. João Antonio Dib, que o certo, o
correto, seria eles mandarem uma prestação de contas aqui para esta Casa. Além
de apresentarem uma prestação de contas, Ver. João Antonio Dib, deveriam
sinalizar onde é aplicado esse dinheiro, porque a única coisa que a sociedade e
nós conhecemos é que temos que nos cuidar dos famosos azuizinhos. Eu mesmo
estava ali na Av. Cavalhada, na semana passada, às 11h30min, quando passou um
carro por mim no sinal amarelo, que significa atenção; ele não tinha como
frear, porque estava quase abaixo da sinaleira. Ali parados, estavam dois
azuizinhos, que, imediatamente, puxaram a caneta e...
Então eu quero dizer, Ver. João Antonio Dib, mais uma vez, que o senhor tem o meu apoio neste Projeto que vem numa boa hora, porque é a hora de sabermos onde e de que forma é aplicado esse dinheiro. Eles nos devem uma prestação de contas, devem nos dizer quanto é arrecadado e onde é aplicado esse dinheiro.
O Sr. Dr.
Raul: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre
Ver. DJ Cassiá, agradeço-lhe o aparte e me junto ao seu pronunciamento,
saudando o Projeto do nosso Ver. João Antonio Dib, que, com mais de 40 anos
aqui na Casa, tem essa preocupação com a cidadania. E essa é mais uma
iniciativa do Vereador no sentido de garantir o patrimônio do cidadão e de
retirar um pouco daquela insegurança por que todos nós passamos ao
estacionarmos os nossos veículos, hoje, na cidade de Porto Alegre, muito
especialmente na área central, onde temos em maior quantidade o estacionamento
público pago.
O SR. DJ
CASSIÁ: Obrigado, Ver. Dr. Raul. Na verdade, hoje o cidadão só paga impostos, mas
não tem retorno; hoje, o cidadão paga impostos até para poder estacionar o seu
carro. Ora, o espaço público, que é seu e meu, não existe mais, acabou! Acabou,
Ver. Luciano Marcantônio, porque, para estacionar no Centro, o senhor deve ter
dois reais, três reais, que a gente não sabe para onde vão. Então, mais uma
vez, eu reforço que essa empresa deve mandar imediatamente para cá a informação
do quanto arrecada e de onde aplica esse dinheiro. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir
o PLL nº 234/08.
O SR. LUIZ
BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores; senhoras e senhores; Ver. João Dib, com toda a certeza, o Projeto
que V. Exa apresenta vem corrigir uma falha que existe no sistema e
que nos coloca, realmente, numa situação bastante difícil. Se o nosso carro for
roubado, nós não podemos provar que o carro estava estacionado na via pública,
naquele determinado lugar. E eu acredito, Ver. Nelcir Tessaro, que, como nós
estamos pagando para deixar o carro naquele local e como existe uma empresa
responsável por cobrar, ela também é responsável por guardar. E se o nosso
carro, porventura, for roubado, eu acredito que cabe uma ação contra o Município
e contra a empresa, porque, afinal de contas, eles têm o dever de guardar,
porque nós estamos pagando para ocupar aquele espaço da via pública.
Nós tivemos a felicidade de, em 1988, fazermos o
Projeto de Lei que deu origem à Lei nº 6.002, que criou o estacionamento Área
Azul, mas, naquela oportunidade, a nossa intenção era apenas organizar o
estacionamento na área central da Cidade, porque, quando as pessoas iam para a
área central, Ver. João Dib, era muito difícil estacionar, porque lá estavam as
pessoas que trabalhavam no comércio, trabalhavam nos bancos e que deixavam os
seus carros o dia inteiro nas ruas do Centro. Então, quem ia para o centro da
Cidade não tinha como estacionar. Por isso nós criamos o estacionamento
rotativo. Na época, eu não sei por que o Prefeito Collares não sancionou, ou
não colocou em ação, porque a lei foi feita exatamente na época de seu Governo,
e ele não sancionou; coube ao Prefeito Olívio Dutra, que entrou logo após,
fazer a sanção. Foi ele quem colocou em execução a Lei nº 6.002. Depois, isso
foi estendido para outras regiões da Cidade, às vezes apenas com a finalidade
de faturamento; em outras regiões, com aquele intuito inicial que nós tínhamos
de poder organizar, pois a ideia inicial era de organizar.
Agora, faltava, Ver. Mauro, esse complemento que o
Ver. Dib pega muito bem. Nós, quando colocamos o comprovante no carro, não
ficamos com nenhum comprovante conosco, não ficamos com nada. Realmente o Ver.
João Dib, com este seu Projeto, obriga que haja dois os comprovantes, para que
um possa ficar no carro, e o outro possa ficar em nosso poder. Com toda a
certeza, Ver. João Dib, é um Projeto simples, mas muito eficiente, que eu
acredito que dá uma garantia a mais para o cidadão. Então, nós vamos votar
favoravelmente ao Projeto, porque eu acredito que ele complementa bem aquilo
que foi uma iniciativa lá de 1989, com a sanção da Lei nº 6.002.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra para
discutir o PLL nº 234/08.
O SR. NELCIR
TESSARO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que
nos assiste, eu tomei a liberdade de pedir para discutir esta matéria após a
manifestação do meu amigo, colega e também radialista Luiz Braz, em que ele nos
fala a respeito das garantias que nós temos hoje ao deixar um veículo
estacionado nas vias públicas de Porto Alegre, apenas pagando e recebendo um
tíquete, sem que esteja ali especificado o local onde ficou estacionado o
veículo.
Eu ouvi a sua fala atentamente, quando V. Exa
disse que nós teríamos direito, sim, a discutir judicialmente os danos
causados: furto do veículo ou até danos ao próprio veículo. Eu quero lhe dizer
que já existe acórdão no Tribunal de Justiça, cuja decisão é desfavorável ao
contribuinte, ao consumidor ou ao proprietário de veículo que lá estava
estacionado, justamente porque no tíquete não diz em qual era a via de Porto
Alegre estava o carro, se o furto ocorreu naquele local em que estava o
veículo. Então, realmente há uma necessidade de especificação, uma necessidade
de um melhor controle dessa área privada de Porto Alegre. Ela foi privatizada.
Ora, se é privatizada, meu colega Ver. Dib, vamos fazer com que possa ser
responsabilizada a empresa que está usufruindo, auferindo lucros, que está ali
repassando apenas 30% para o Município, ficando com 70%. E, a cada dia, nós
estamos vendo a privatização das ruas de Porto Alegre, sem nenhum compromisso.
Era como nos supermercados antigamente: mesmo estando abertos, eles não davam
nenhuma garantia aos veículos ali estacionados, mesmo com a apresentação da
nota fiscal. Antigamente, o consumidor comprava em determinado supermercado,
alegava que havia deixado o seu veículo estacionado ali, mas ficava a
descoberto, porque a nota fiscal não discriminava onde o veículo estava
estacionado. Por isso adotou-se a sistemática do supermercado fornecer um
comprovante de entrada e saída do veículo. Ora, se os estabelecimentos
comerciais particulares estão fazendo isso, e, como nas ruas da Cidade já
existe uma numeração utilizada pela Estapar para cobrar, então, por que não
especificar ali? Tem que haver um código, alguma maneira de identificar aquele
parquímetro. Se não puder identificar o número exato da rua, que seja
identificada a rua em que o veículo está estacionado. Hoje nós podemos colocar
até dois reais e ficarmos por duas horas; podemos ficar 20 minutos na Av.
Siqueira Campos, mais 20 minutos na Av. Independência, podemos ficar duas horas
percorrendo a Cidade e colocando o mesmo tíquete de estacionamento, sendo que
ele não especifica o local, vale para toda a Cidade. Isso está errado. Nós
temos que ter um ticket especificando
a rua em que o veículo está estacionado, a rua onde está o emissor do
comprovante ali estabelecido para a garantia do cidadão.
Então, parabéns pela sua fala, Ver. Luiz Braz, eu
queria apenas cumprimentá-lo e dizer da importância de o emissor discriminar a
rua em que o veículo está estacionado. E se o veículo estiver na rua tal e
acontecer um sinistro, ele chama o agente de trânsito, faz a vistoria, porque
ali estava o veículo, e assim ele pode ser indenizado pelo Trânsito. Parabéns,
Ver. João Antonio Dib; eu acho muito importante essa legislação para favorecer
principalmente o consumidor. Obrigado, senhoras e senhores.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação o
PLL nº 234/08. (Pausa.) Não há quem queira
encaminhar. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO pela
unanimidade dos presentes.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 156/09 – (Proc. nº 5901/09 – Ver.
Mauro Pinheiro) – requer Moção de
Repúdio à empresa Walmart pela prática de concorrência com comerciantes já
estabelecidos em nossa cidade.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação o Requerimento nº 156/09. (Pausa.) O
Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 156/09.
O
SR. MAURO PINHEIRO: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo;
Vereadores, Vereadoras que nos assistem, plateia, a gente fez esta Moção de
Repúdio tendo em vista a atuação desta empresa, a Walmart, que é o Big, o
Nacional, o Maxxi Atacado e agora a rede Todo Dia, no País, e principalmente
aqui no nosso Estado e na cidade de Porto Alegre.
O Ver. Ervino Besson, um companheiro
que acompanha a luta dos pequenos empreendedores desta Cidade, sabe o quanto
tem sido difícil a vida desses pequenos comerciantes e de toda a cadeia
produtiva, Ver. Reginaldo Pujol, em função da atuação dessa empresa; primeiro
por eles possuírem aquele dispositivo do crédito da substituição tributária, do que agora
estão alardeando que vão abrir mão, o que, até agora, não fizeram,
oficialmente, ao Governo do Estado. Nós estamos aguardamos esse procedimento,
todos os comerciantes e eu, como Vereador, porque fizemos uma luta árdua desde
o mês de julho, cobrando que seja restabelecida a concorrência leal nesta
Cidade. A maior empresa do mundo é a única que tem condições de utilizar um
crédito que deixa de arrecadar aos cofres públicos do Estado em torno de 10
milhões de reais ao mês, Ver. Alceu Brasinha, que poderiam ser usados na
Segurança, na Educação, na Saúde e até mesmo para capacitar os nossos pequenos
empreendedores, que tantas necessidades têm.
Mas o grande problema que nós estamos vendo, além
da substituição tributária, Ver. Ervino Besson, é a forma predadora como essa
empresa vem atuando no nosso País e no mundo inteiro. Até nos Estados Unidos,
em diversas cidades, como Nova Iorque, a sociedade se organizou e impede que
eles abram sequer uma única loja, Ver. João Antonio Dib, porque sabem da forma
predadora como esta empresa atua. Como todo o mundo sabe, essa é uma empresa
imensa, que vendeu 380 bilhões de dólares no ano de 2008 - a maior empresa
varejista do mundo. E eles utilizam uma concorrência muito desleal. A
localização que eles procuram para se estabelecer, Ver. Reginaldo Pujol, não é
aquela que necessita de desenvolvimento; essa empresa tem a prática de abrir
suas lojas, Ver. Dr. Raul - é importante que o senhor, que é um grande médico,
entenda também essa situação -, ao lado de empresas existentes que estão há
décadas trabalhando, empresas familiares. Como é uma grande empresa, ela tem
capacidade de trabalhar no vermelho por um, dois, três anos e, com isso, gerar
a falência dessas empresas familiares, Ver. Ervino Besson.
Nós, como Vereadores desta Cidade, temos que ter a
preocupação e repudiar essa prática dessa empresa, porque o que eles estão
fazendo é uma concorrência totalmente desleal. E isso tem acontecido não só
aqui na cidade de Porto Alegre como em todo o Estado do Rio Grande do Sul - e
eu tenho acompanhado -, em Lajeado, Santa Cruz do Sul, Rio Pardo.
A empresa está comprando terrenos ao lado das lojas
já existentes, empresas pequenas e familiares que estão estabelecidas há 10,
20, 30, 40, 50 anos. Eles vêm, com seu grande poderio econômico, compram
terrenos localizados ao lado e fazem um verdadeiro terrorismo com essas
empresas nacionais que estão ali estabelecidas. Nós, Vereadores desta Cidade,
não podemos admitir isso. Nós temos que achar uma forma de preservar os nossos
pequenos comércios e os nossos empreendedores regionais.
Ver. Ervino Besson, tenho certeza de que o senhor
está ao nosso lado, e todo pequeno comércio sabe da sua posição e tenho certeza
de que V. Exa vai votar junto conosco, assim como o Ver. Alceu
Brasinha, a Bancada do PTB, o PDT, o PMDB e todas as Bancadas, porque nós temos
obrigação de lutar e defender aquilo que é nosso: as empresas regionais, as
empresas familiares, pela dificuldade por que passam nossos empreendedores para
sobreviverem com os tributos que têm, e nós não podemos admitir, no Rio Grande
do Sul, no Brasil, principalmente aqui em Porto Alegre, Ervino Besson, que essa
empresa se estabeleça ao lado de nossas lojas, quebrando os nossos comerciantes,
pessoas que lutam, pessoas oriundas do Interior, que vêm aqui para se
estabelecer e que estão lutando há décadas, Ver. Reginaldo Pujol!
Por isso conto com o apoio de todos os Srs.
Vereadores para repudiar essa empresa e para defender as empresas de Porto
Alegre e do Rio Grande do Sul. Um abraço e uma boa luta a todos nós contra esse
grande “predador”! (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento n° 156/09.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores, Ver. Mauro
Pinheiro, é claro que sim, que eu vou votar com V. Exa porque sou
contra esses grandões, sou contra permanentemente, principalmente, Ver.
Bernardino Vendruscolo, sou contra esses grupos grandes que vêm lá do outro
lado do mundo para quebrar os pequenos aqui, que tanto padecem, que tanto
sofrem. Uma empresa pequena do setor alimentício ou supermercado, enfim, com
tanto trabalho, com tantos empregos, e o quanto isso é sofrido, Ver. DJ Cassiá!
Uma empresa familiar tem 30, 40 anos, e aí chega o grupo Walmart, se instala, a
compensação é desse tamanhinho para a comunidade, para o setor, e podem ter
certeza de que a vida dessa pequena empresa que tem 30 anos está contada; em um
ou dois anos, ela estará fechando as portas. E esse pequeno empresário, que
tanto batalhou para ter sua empresa, seus funcionários, sua família com bem-estar, não tem, porque simplesmente esses
grandões vêm lá de fora, Ver. Haroldo de Souza, se instalam aqui e fazem a
mesma coisa que esses da mídia que estão aqui, lá de São Paulo, “fervendo” para
lá e para cá - é a mesma coisa.
Então, esses grandões - o Carrefour e o grupo
Walmart -, Ver. Dib, chega deles! Isso é ruim para a Cidade, é ruim para a
comunidade, é ruim para o bairro, é ruim para a rua, é ruim para tudo, é muito
ruim! Eles perturbam o trânsito, fecham o trânsito, deixam ruim! O Carrefour
teve a coragem de se instalar lá na Av. Sertório; nem sequer tinha autorização,
tiveram que fechar, perturbaram o trânsito, fizeram horrores no trânsito, e eu
quero saber qual a multa que esses cidadãos levaram? Será que eles pagam? Para
eles, que são grandes, acho que nada acontece, mas se sou eu que causo algum
problema lá na rua, podem ter certeza absoluta de que os fiscais chegarão lá
para me autuar.
Nós temos que nos cuidar, Ver. Mauro Pinheiro - V.
Exa que tem um comércio também -; temos que nos cuidar. Tu te cuidas
do assaltante, do “171”, tem que se cuidar do falso fiscal, que chega intimando.
Tem tudo isso, Ver. Reginaldo Pujol! Tem o falso fiscal que apresenta uma
carteira - e nem fiscal é - para intimidar os pequenos, os coitados, aqueles
que sofrem tanto, que criam emprego lá no bairro, lá no fundo da rua da vila e
que são ameaçados por esses falsos fiscais.
Então, tu tens que te cuidar do assaltante, do
“171”, do imposto e ainda do fiscal sério. E mais ainda: tu tens que colaborar
com a Igreja. Aonde nós vamos chegar, Ver. Reginaldo Pujol? Não tem como! O
cara que tem uma pequena empresa sofre muito, muito mesmo.
Tem que haver Vereadores corajosos para defenderem
os pequenos empresários, que são daqui de Porto Alegre. E eu estou com o Ver.
Mauro Pinheiro! Pode ter certeza, Vereador, estou com V. Exa e sou
contra esses grandões, esse grupo Walmart que faz mal para Porto Alegre, faz
mal para o Brasil, faz mal o Rio Grande do Sul.
É impressionante, Ver. João Antonio Dib, eu vou lá
com V. Exa naquele atacadão para conferir quem são os donos. Esse
Carrefour está fazendo mal também no setor de combustíveis. Coitados daqueles
pequenos postos de gasolina que estão há anos trabalhando, pagando os seus
impostos, e chega o Carrefour patrolando tudo, está comprando tudo que é posto
de gasolina para botar as suas lojas de conveniência. Está patrolando tudo!
Nós aqui, de Porto Alegre, temos que nos revoltar
contra esses caras; temos que mostrar que nós temos razão, não deixar eles se
instalarem mais aqui, porque são um problema sério. Eles usam até o imposto do
setor alimentício para abater no setor de combustível. Tudo isso acontece, Ver.
João Antonio Dib!
Se fizerem uma frente parlamentar para investigar
esses “artistas”, podem ter certeza de que vai sobrar para eles. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 156/09.
O SR. ERVINO
BESSON: Meu caro Presidente, Ver. Sebastião Melo; colegas Vereadores e
Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias, pela Rádio Web
e pelo Canal 16, da TVCâmara, eu queria saudar todos. Ver. Mauro Pinheiro,
quero dizer a V. Exa que votarei favoravelmente ao seu Requerimento.
Temos uma caminhada em Porto Alegre. Eu tive a graça de, em 11 de agosto de
1961, pisar nesta Cidade, esta Cidade que me acolheu tão bem, como acolheu
muitos dos colegas Vereadores e Vereadoras desta Casa, e eu tenho uma caminhada
de longos anos junto ao pequeno e ao médio comércio da nossa Cidade. Esta
Cidade cresceu também graças ao trabalho desses pequenos e médios comerciantes,
que também cresceram junto com a cidade de Porto Alegre. Então temos uma
história muito bonita, uma longa caminhada.
Eu fiz parte de um grande sindicato, o Sindicato da
Indústria de Panificação aqui do Estado do Rio Grande do Sul, e reuni largo
conhecimento, ao longo dos anos, do que representaram, meu querido Ver. Pujol,
esses comerciantes aqui em Porto Alegre. Grande parte dessas famílias veio do
Interior, e não podemos aceitar aqui que uma empresa multinacional tenha
incentivo fiscal em detrimento de outro segmento! Não podemos aceitar isso
aqui! Isto aqui é nosso! Nós amamos tanto o nosso Brasil...! Eu não quero que
entendam que sou contra o desenvolvimento - nada disso -; só estou reclamando
respeito para com um segmento da nossa Cidade.
O Walmart tem ganhado incentivos. Os jornais
disseram que parece que eles não querem mais os incentivos, só que,
oficialmente, não está nada decidido. Ao longo dos anos - é o 13º ano que
participo como Vereador desta Cidade -, nunca vi, nessa trajetória, algum dos
colegas Vereadores que estão aqui nem outros tantos que passaram por esta Casa
subirem a esta tribuna e criticarem, por exemplo, uma empresa que é nossa,
daqui, uma empresa que é totalmente nossa, que é gaúcha, que é a Rede Zaffari!
Ela foi crescendo! Iniciaram com um pequeno comércio no bairro Petrópolis,
cresceram, cresceram junto com a Cidade sem nunca esquecer da área social! Eu
nunca vi ninguém aqui reclamar dessa empresa que é nossa, o Zaffari!
(Aparte antirregimental do Ver. Nilo Santos.)
O SR. ERVINO
BESSON: Cultural também, o Ver Nilo está me
dizendo.
Então, vejam bem,
como outras empresas vêm aí sugar os nossos recursos, a nossa economia, e ainda
têm um incentivo? Não podemos aceitar isso em hipótese nenhuma! Agora, há a
programação de um comércio abrir, e parece-me que o nome dele será “Todo Dia”.
Eu já fiz um alerta, temos que estar juntos aqui, e, de repente, se for
necessário, iremos à SMIC, que faz um extraordinário trabalho, que está sob a
direção do nosso querido Secretário Cecchim, para que possamos, sim, analisar,
com muita profundidade, esse assunto. Não podemos deixar que esse comércio sob
o título “Todo o Dia”, prejudique gente que tem uma história nesta Cidade. Não
podemos aceitar isso! Por que tem que dar incentivo? Porque faz um precinho
mais barato para uma mercadoria aqui ou acolá? Isso é simplesmente para chamar
a população, chamar clientes, mas eles acrescentam a diferença de uma
mercadoria em cima de outras mercadorias. Nós temos que estar juntos, sim,
temos que defender o que é nosso, temos que defender a nossa Bandeira, a nossa
Pátria e temos que defender as nossas empresas, que são gaúchas, que têm o
sangue gaúcho, que levam a história do nosso Rio Grande, que levam, no peito, a
Bandeira do nosso Rio Grande. E, como já disse, a Empresa Zaffari veio pequena
para Porto Alegre, cresceu junto com a Cidade, não esquecendo da área social,
da área cultural... Então por que vão prejudicar uma empresa como essa?
Convenhamos! Portanto, Ver. Mauro Pinheiro, estamos juntos nesta caminhada. V.
Exa tem uma história de pequeno e médio comerciante, e eu também
tenho uma história, uma caminhada, e vamos estar juntos nessa luta. Nós temos,
sim, o dever e a obrigação de defender esse segmento que tanto fez para o
crescimento da nossa cidade de Porto Alegre e do nosso Rio Grande. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação o Requerimento nº 156/09, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com a ABSTENÇÃO dos Vereadores João Antonio Dib, Mauro Zacher, Haroldo de
Souza, Luiz Braz, Reginaldo Pujol e Waldir Canal.
Ver. Bernardino, V. Exa
tem um Requerimento?
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO (Requerimento): Tenho, sim, Presidente. Eu quero
dizer que até fiquei surpreso pelo fato de termos aqui, na Ordem do Dia, o PLCE
nº 008/09, e quero dizer que o Projeto está na Casa, mas nós estamos
trabalhando muito, e eu me passei, não tomei conhecimento deste Projeto. É um
Projeto que trata de ITBI, IPTU e ISS, e eu estou pedindo um pouco de tempo.
Não tenho constrangimento nenhum em dizer, todos sabem que eu tenho uma ligação
com o Sindicato do mercado imobiliário, e, já que se trata de IPTU, de ISS, de
ITBI, eu gostaria de ter um tempo para estudar aqui uma possibilidade...
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): O que V. Exa requer?
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO (Requerimento): Eu pediria encarecidamente que
votássemos o Projeto mais pela metade da tarde, ou, quem sabe, amanhã.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): V. Exa está requerendo que esta matéria
seja votada hoje à tarde, é isso?
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO (Requerimento): Hoje, mais para a metade da
tarde, ou amanhã. Faço este pedido até carinhosamente, porque eu acho que nós
temos que ter um pouco mais de compromisso com os segmentos, porque, de
repente, até quero entender melhor a matéria.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Ver. Bernardino, V. Exa concorda que este Projeto seja o
penúltimo de hoje à tarde a ser votado? Acho que lhe contempla – penúltimo; não
será o último. Aí há todo o tempo da manhã e da tarde para V. Exa
encaminhar, fazer Emendas...
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO (Requerimento): Vereador, pode até ser antes, nós
só precisamos de um tempo aqui para dar uma olhada tecnicamente. Ele trata de
IPTU, ITBI, ISS, de prédios, edifícios ocupados, em construção, enfim; é muito
complexo, e não dá para eu fazer um estudo rápido aqui. Eu quero reconhecer que
foi até uma falha da minha parte. O Projeto chegou agora, e eu não tinha
conhecimento dele, é muito complexo...
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Eu só quero ter um acordo com V. Exa: V. Exa
concorda que isso seja mais para o fim da tarde, hoje?
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Para o fim da tarde.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: O.k. Sr.
Presidente, há acordo para que a apreciação desse Projeto seja no fim da tarde,
de preferência que não seja o último, que seja...
O SR. MAURO
ZACHER: Sr. Presidente, tenho certeza de que esta Casa quer votar este Projeto
com a maior urgência possível. Inclusive está aqui, nas galerias, o Sindicato
das Gráficas, é meritória a discussão e a votação
deste Projeto. Entretanto, a reivindicação do Ver. Bernardino é bem-vinda,
porque, como é amplo, como se trata de outras isenções, adequações tributárias,
eu acho que é importante que nós possamos ter essas horas a mais para termos
segurança ao votarmos o Projeto. Então, eu faço também essa solicitação.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente,
pessoalmente, eu me sinto confortável, tenho informações seguras do Relator,
Ver. Nedel, e de mais assessorias de outros Partidos, pois eu as pedi na
ausência e na impossibilidade de eu fazer o exame, e eles me afirmam que este é
um bom Projeto que trata de redução de carga tributária. E, para reduzir a
carga tributária, eu voto pela manhã, à tarde, à noite; a hora em chegar a
votação, eu voto a favor da redução da carga tributária. Este é o meu discurso,
é o discurso do meu Partido, é a prática do meu Partido.
Agora, há essa
solicitação do adiamento da votação para hoje à tarde, e acho que seria muito
inflexível com os nossos colegas se eu viesse a negá-la.
Eu estou disposto a
votar a matéria agora de manhã, mas também não me oponho a que a matéria seja
votada à tarde, atendendo ao pedido dos Vereadores Vendruscolo e Mauro Zacher,
que, ao que me consta, querem, inclusive, fazer algumas emendas ao Projeto.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr.
Presidente, eu lhe faço um Requerimento, até porque quero deixar claro que eu
também sou favorável à redução de impostos, enfim; em absoluto eu seria contra.
Eu só quero ver, eu quero ter tempo, para não fazer injustiça com, de repente,
outros segmentos que também têm a mesma angústia e as mesmas necessidades.
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr.
Presidente, eu gostaria de encaminhar o Requerimento de autoria do Ver.
Bernardino Vendruscolo.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): V. Exa
quer encaminhar o Requerimento...
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Antes da
votação.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Na verdade,
Ver. Valter, nós estamos tentando produzir um acordo, vamos ver se é possível,
porque, na verdade, este não é um Requerimento formal, aqui na Mesa. Nós
estamos tentando produzir um acordo...
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Eu quero
dizer, Presidente, que, na verdade, a posição do Governo não é de se opor à
pretensão do Ver. Bernardino, que, na verdade, pugna, pleiteia a votação desse
Projeto hoje à tarde.
Agora, por outro
lado, a posição do Governo será totalmente contrária a uma eventual tentativa
de extensão do presente benefício - que é muito pontual, e que é fruto de uma
ampla discussão - a outros segmentos, porque não é possível, não é possível,
isso é uma matéria de repercussão muito grande, e V. Exa e os
Vereadores sabem que a Fazenda é muito conservadora, isso por força da
responsabilidade fiscal e por outras questões, e se chegou a esse denominador
comum por força de algumas questões que eu poderia elencar. Por isso eu requeri
a V. Exa um tempo para ir à tribuna e dizer quais são as razões que
levaram o Governo a estender, Srs. Vereadores, o benefício especificamente a
esse segmento. E nós temos, Sr. Presidente, acordo, inclusive da oposição.
Agora, se a solicitação para postergação da votação for no sentido de nós
querermos incluir outros segmentos, outros setores que, ao longo do tempo, não
estavam ou não estão, é uma discussão que requer muito mais tempo. E isso não
seria possível.
Por isso eu gostaria de poder encaminhar as razões
e, aí, submeter à soberana decisão do Plenário, se nós vamos votar agora ou se
vamos ensejar mais tempo para que, de repente, sejam trazidas novas emendas, o
que, certamente, poderá causar algum embaraço, e, talvez, nós tenhamos até que
retirar o Projeto; aí, não há benefício algum. É essa a consideração que eu
submeto a V. Exa e aos meus ilustres colegas.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Ver. Valter, pelo que eu entendi, o Ver. Bernardino
não discutiu o mérito da matéria; ele pediu um prazo. Se ele vai apresentar
emendas ou não, se as emendas vão ser aceitas ou não, é da lógica do Plenário.
Se ele está pedindo um tempo, é para analisar a matéria, entendo eu. Pode-se
chegar à conclusão de que nenhuma emenda seja necessária e pode-se chegar à
conclusão de que emenda tenha que se fazer. Se ele fizer uma emenda, e V. Exa
não concordar, evidentemente V. Exa vai encaminhar a matéria. Ele
está pedindo um prazo, é disso que ele está falando; se houver acordo nesse
sentido, tudo bem; se não houver acordo, eu concedo um prazo a V. Exa
para encaminhar a matéria e vamos à votação do Requerimento. Agora, se houver
um acordo, nós transferiremos a matéria para o final da tarde de hoje. É isso o
que está colocado.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Sr. Presidente, então eu submeto esta consideração sua aos Líderes
partidários. Uma vez que os Líderes decidam, este Líder do Governo não obsta.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Ele está pedindo para o final da tarde de hoje, é o
que ele está pedindo.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Se os Líderes partidários concordarem, da minha parte também não há
objeção. Então, eu solicito a V. Exa que consulte os Líderes dos
Partidos, e, a partir da anuência dos Líderes, de minha parte, não haveria
problema, inobstante o meu desejo fosse de enfrentar a matéria.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Consulto os Líderes partidários se há concordância
de passar para o final da tarde de hoje esta matéria.
A SRA. MARIA
CELESTE: Sr. Presidente, em nome da Bancada do PT, nós queremos informar ao
Plenário que temos possibilidade de votar esse Projeto imediatamente, porque já
verificamos o seu teor, entendemos que há adequações apenas à legislação
federal. De fato, houve combinações que o Governo fez com setores que estão
elencados neste Projeto e que têm acordo do ponto de vista da legalidade. Como
há o apelo de dois Vereadores, não temos problema em votar esta matéria no
início da tarde. Nós queríamos que não fosse ao final da tarde, mas que a
votação dessa matéria fosse no início da tarde, e podemos fazê-lo
imediatamente, se o Plenário também entender que agora, pela manhã, tenhamos
que votar.
O SR. PEDRO
RUAS: A posição do PSOL, Presidente, é de que o Projeto teria todas as
condições de ser votado agora. Não há também por que não atender ao pedido de
adiamento que, na verdade, vai dar apenas algumas horas, que seria no início da
tarde de hoje. O PSOL dá acordo para isso, sem nenhum problema.
O SR. LUIZ
BRAZ: Sr. Presidente, é muito importante que, mediante um Projeto que verse
sobre tributos, os Vereadores que estejam votando tenham plena consciência
daquilo que estão votando. Então, se há algum Vereador que ainda não examinou
profundamente o Projeto, é justo que nós façamos uma espera, e o Ver.
Bernardino não pede muita espera; pede que seja colocado à tarde, e eu acho que
é justo que façamos isso.
O SR. HAROLDO
DE SOUZA: A Bancada do PMDB se posiciona no sentido de que temos condições de
votar o Projeto agora, já que são 10h45min, e a primeira hora da tarde, que eu
entendo, seria 12h30min ou 13h. A posição da Bancada é de que se vote agora.
O SR. NILO
SANTOS: A posição do PTB, Sr. Presidente, é de votarmos agora pela manhã.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação o Requerimento, de autoria do Ver.
Bernardino Vendruscolo, que solicita que o PLCE nº 008/09 seja votado no início
da tarde de hoje. (Pausa.) O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para
encaminhar o Requerimento de sua autoria.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente Ver. Sebastião Melo; Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, agora sim, eu fiquei preocupado. Agora sim, eu
fiquei preocupado, Ver. João Antonio Dib, já que temos vários Projetos para
votar. Não aceitarem que a gente vote essa matéria na primeira hora da tarde,
me deixa desconfiado. Eu fico muito preocupado, Ver. Reginaldo Pujol e demais
Vereadores aqui presentes.
Eu não tenho o menor constrangimento, aliás, eu
tenho obrigação de assumir a minha condição de ser associado ao Sindimóveis, de
ser associado à Agademi, ao Secovi, que são entidade que, de uma forma ou de
outra, têm um vínculo com o ITBI, com o ISS, com o
IPTU. E eu não quero nada mais do que analisar com mais profundidade o que nós
estamos votando. E eu assumo profundamente aqui a minha falta de capacidade por
não ter tido a oportunidade de, nesses poucos dias que o Projeto esteve aqui,
tomar conhecimento dele. Por que votar um projeto com tamanha complexidade às
pressas? Qual é a necessidade disso?
Por outro lado - e eu
falo aqui com muita tranquilidade porque eu sou do Governo -, a Secretaria da
Fazenda tem que aprender a respeitar os Vereadores. Que história é essa de
todos os anos mandarem esses projetos complexos para serem votados à
queima-roupa, no final do ano? Eu sempre fui e
serei favorável - e outro Vereador falou - a projetos que tratam de redução de
impostos. É claro que eu sou favorável, e vou ser favorável sempre! Vocês me
desculpem, mas eu não vou fazer aqui o papel de boneco. Não estou dizendo que
os outros estejam fazendo. Não é isso; é que eu me sinto, dessa forma, como
alguém que está aqui por estar.
Eu posso errar - e
tenho errado muito -, mas tenham certeza de que é sempre na intenção de
contribuir. Eu fico muito preocupado, porque parece que nós não temos outras
coisas para fazer aqui. Estão discutindo um detalhe, só um detalhe: atrasar
três horas só. São 10h45min, e nós votaremos às 14h, 14h30min. Aí não dá! Aí eu
fico preocupado. Com certeza, eu vou votar contra, porque estou preocupado se a
matéria for à votação agora. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Luiz
Braz está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver.
Sebastião Melo; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu acredito que
esta Casa, se não se constitui no melhor Legislativo municipal do Brasil, é um
dos melhores, com toda a certeza, porque é muito bem constituída a nossa Câmara
Municipal. Agora, a responsabilidade, Ver. Bernardino, que nós temos quando
analisamos principalmente projetos tributários é muito grande, porque, quando se
fala em projetos tributários, estamos, primeiramente, mexendo no bolso de alguém,
que vai pagar mais ou menos tributo, e também estamos mexendo na arrecadação do
Município. Quando se paga menos tributos, pode-se estar diminuindo a
arrecadação ou pode-se estar aumentando a arrecadação. No caso dos gráficos,
por exemplo, eles vão pagar menos tributos, passam de 5% para 2,5%, mas eu
acredito que o Município vai lucrar com isso, porque mais gráficos vão acabar
pagando os tributos. Como este Projeto é muito longo - e não é só isso que está
no Projeto; temos vários itens que têm que ser analisados -, eu acho que é
muito lógico que todos os Vereadores, antes de votar o Projeto - é claro, não
pode ser um prazo muito longo -, tenham oportunidade de lê-lo para poder
compreendê-lo, até para que, ao votarem, estarem sabendo o que estão votando.
É evidente que os Vereadores que estão querendo
votar agora, Ver. Bernardino, já leram todo o Projeto e conhecem bem o seu
conteúdo; então não há problema, querem votar. Eu gostaria que os que já leram
pudessem vir à tribuna explicar bem o Projeto para os que não leram, porque é
claro, como são muitos os projetos que tramitam nesta Casa, a gente não
consegue ler todos, principalmente os projetos que chegam para serem votados no
final do ano, que são muitos. Por exemplo, esse projeto tributário não faz muito
tempo que está aqui para ser analisado.
Então, eu só concordaria, Ver. Reginaldo Pujol, em
votar imediatamente se, porventura, aqueles que já leram o Projeto pudessem vir
aqui explicar aos que não leram o conteúdo total, a fim de que todos pudessem
votar a matéria com pleno conhecimento daquilo que estão votando. O
Requerimento do Ver. Bernardino, para que votemos no início da tarde, é justo.
Ver. Haroldo, eu compreendo V. Exa, como
os gráficos estão aqui, eu sei que é ruim eles esperem
até o início da tarde para votar, mas acontece que não é só a matéria dos
gráficos que está no Projeto; temos muitas outras matérias que estão ali no
mesmo Projeto, são muitos tributos que estamos analisando no mesmo Projeto. Eu
vejo que há uma corrida dos Vereadores para conhecerem melhor os dados que
estão no Projeto, para poderem votar com consciência. Então, já são,
praticamente, 11 horas, Ver. Valter Nagelstein, Líder do Governo, mas acho que
esperar até o início da tarde não é demasia, poderia ser bom para que todo o
mundo votasse com consciência este Projeto de Lei.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de
autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Sras Vereadoras, venho à tribuna dizer o que eu já
disse, mas quero dizer com mais clareza. Pessoalmente, Ver. Bernardino, me
preocupei com esse problema quando discutimos e aprovamos aqui o Relatório do
Parecer Conjunto, do Ver. Nedel, relativamente a essa matéria. Na ocasião,
discuti dizendo que eu tinha este mesmo tipo de preocupação que V. Exa
tem com esses projetos muito detalhados, que envolvem, diversificadamente,
matérias distintas como o ITBI, o Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza e
o IPTU. Eu sei que, no final do ano passado
- e isso não é uma crítica à Casa -, votou-se uma matéria que escondia
situações que criaram muitos desagrados a segmentos da economia local, e eu
coloquei essa preocupação na tribuna. Pedi explicações ao Ver. Nedel, que era o
Relator e que merece toda a minha confiança, e ele me assegurou que o Projeto é
bom, que não há nenhum contrabando contido nele, que tem o objetivo de
melhorar, em vários níveis, o relacionamento com o contribuinte,
beneficiando-o, que ele é o detentor dos direitos sobre o meu mandato. O
contribuinte é o detentor, porque, entre a sociedade, que produz, e o Governo,
que cobra, vou ficar sempre com a sociedade, que produz. E, mais do
que isso, vou confessar publicamente: eu pedi à Verª Maria Celeste, Líder do
Partido dos Trabalhadores, que ouvisse um técnico da sua área e até sugeri o
nome da pessoa, Paulo de Oliveira, não há por que esconder, que é um homem
muito qualificado, funcionário do Município de longa data, trabalhou em vários
governos, é do PT, mas é um homem que trabalhou comigo e foi de uma correção
absoluta. Ele olhou e disse que o Projeto era bom pelas mesmas razões que o
Ver. Nedel disse que é bom. Então, eu, pessoalmente, já disse: voto a favor do
Projeto agora de manhã, hoje à tarde ou hoje à noite - foi o que eu disse.
Além da minha convicção nesse particular, tenho
outra opinião: a de que não é justo que se negue oportunidade a colegas que
tenham dúvida - e V. Exa, confessadamente, tem dúvidas, quer se
esclarecer para dar um voto consciente. Acho que não é lícito que se negue a
oportunidade da transferência por uma Sessão. Deixar de votar agora de manhã
para votar de tarde é uma demasia; é um exagero da nossa parte negar a vários
companheiros que têm dúvidas nesse particular, esse apoio.
Por isso, Ver. Valter, eu, carinhosamente, digo que
V. Exa é o trator da Administração Municipal aqui na Casa, que V. Exa
dá celeridade ao processo e tem tido excelentes resultados por isso, mas, no
caso concreto, peço que V. Exa me homenageie, se não quiser
homenagear o Ver. Bernardino, que já merece a sua homenagem: vamos concordar em
votar hoje à tarde e que desfaçamos todo esse problema; não precisa nem fazer a
chamada nominal. O Haroldo vai acompanhar, tenho certeza, e o brilhante PTB vai
me acompanhar também. Obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores; senhoras e senhores que nos prestigiam hoje pela manhã, no plenário
da Câmara; telespectadores e ouvintes da Rádio Web, muito rapidamente quero
dizer o seguinte: eu faço um apelo aos Vereadores para que, folhando o
Processo, certamente ali hão de encontrar as razões e os esclarecimentos
necessários às dúvidas que são pertinentemente arguidas hoje
pela manhã, aqui nesta Casa.
Preliminarmente,
cabe-me dizer, para esclarecimento de V. Exas, que todas as isenções
propostas no presente Projeto, Sr. Presidente, já constam na Legislação atual,
sendo que a presente proposição, Ver. João Dib, Ver. Haroldo de Souza, Srs.
Vereadores, visa apenas a adaptar o texto legal a situações já existentes e a
correções de distorções verificadas ao longo do tempo. Não há criação de novas
isenções no que diz respeito ao IPTU, ao ITBI como o Ver. Bernardino falou. A
única questão que nós temos de um setor específico, a respeito do ISS, é a
seguinte, Presidente: até o ano de 2003, a Legislação Federal do ISS previa que
esses serviços, quando destinados à comercialização e à industrialização, não
tinham incidência do tributo municipal, mas, sim, de ICMS e IPI. Com a Lei
Complementar nº 116/2003, que apresentou novas características nacionais ao
ISS, essa exceção da Lei anterior foi retirada, gerando uma dúvida jurídica
sobre qual tributo deveria incidir sobre as operações de ISS ou ICMS e IPI. As
reiteradas decisões judiciais definiram que o ISS é o imposto devido sobre
essas operações. O que aconteceu? Gerou-se um excesso de tributação em cima de
determinados segmentos, ou uma bitributação.
Então, com o intuito
de promover a recuperação e o recebimento desses valores é que o Município
propõe, Ver. Bernardino, especificamente a um segmento - e por isso é que nós
não podemos estender a outros -, por um prazo determinado de um ano, condições
específicas para que os contribuintes possam pagar esse valor retroativo há
cinco anos. E aí se encerra.
Então, eu queria
fazer uma pequena observação, já sinalizando, em homenagem ao ilustre
companheiro, conforme solicitação do Ver. Reginaldo Pujol, que, na página 17 do
presente Processo, estão os esclarecimentos necessários. De mais a mais, eu
solicitei ao Secretário Cristiano Tatsch, ao Secretário Substituto Zulmir Breda
e a toda equipe da Secretaria da Fazendo que viessem a este Legislativo
Municipal para trazerem aos Srs. Vereadores todos os esclarecimentos
necessários.
Portanto, eu me somo
a esse apelo e acho que não há prejuízo, embora a minha vontade fosse esta, de
enfrentarmos a matéria imediatamente. O prejuízo maior é que nós não teremos,
infelizmente, aqui entre nós, hoje à tarde - já me comunicou -, a presença do
Ver. João Dib. Este é um prejuízo quase que intransponível, mas eu acredito que
nós podemos, sim, Ver. Bernardino, votar na primeira hora da tarde, mas não sem
fazer essa pequena observação.
O Ver. Mauro Zacher tem uma proposição - de tornar
mais claro para entidades educativas de natureza cooperativa - de estender a
isenção de tributos. O Ver. Mauro Zacher já me mostrou, com razão, que isso
está inscrito em diversos diplomas legais, e ele pretende fazer uma emenda que,
simplesmente, aqui também traz aquele dispositivo e inclui.
Bom, se já está lá na Lei, como ele me inscreve,
eu, em princípio, não vejo nenhum óbice, mas, obviamente, é uma matéria que
vamos ter de discutir com a Fazenda. Agora, inovarmos esta matéria, trazendo
novos segmentos ou tentando ampliar isenções ou benefícios tributários, aí eu
confesso que, de fato, vejo dificuldade e vejo que não será possível.
Mas eu só faria este apelo para que, hoje à tarde,
na primeira hora, Sr. Presidente, nós possamos, sim, enfrentar esta matéria,
porque nós temos ainda tantas outras, e acho que, hoje pela manhã, já era para
nós termos passado adiante, limpado esta matéria e vencido esta etapa.
Eu quero agradecer à Bancada de oposição, Ver.
Haroldo, pela compreensão e pelo acordo que já deram na votação e na aprovação
deste tema. E esperamos que, hoje à tarde, possamos, enfim, aprovar a presente
matéria e fazer as adaptações daquilo que o mundo fático já aplica e que nós
precisamos, então, formalmente, trazer à realidade com a presente aprovação do
Projeto de Lei do Executivo Municipal. Era isso, Sr. Presidente. Agradeço aos
Srs. Vereadores.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Maria Celeste está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo.
A SRA. MARIA
CELESTE: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, também,
aqui, os representantes das gráficas que se encontram no plenário, sejam muito
bem-vindos. Ver. Luiz Braz, se olharmos com atenção o Projeto, na própria
Justificativa do Governo, estão explicitados os motivos por que foi enviado
este Projeto, que nos parece, no primeiro momento - pelo conteúdo alocado no
Projeto, ITBI, ISSQN e Taxa de Coleta de Lixo -, que tenhamos de ter um cuidado
maior e, de fato, sim, precisamos ter um cuidado maior. E a Bancada do PT, como
disse o Ver. Reginaldo Pujol, olhou com os olhos de alguém que tem
responsabilidade com a Cidade, que já foi Secretário da Fazenda, e fez uma análise minuciosa, como sempre a Bancada do PT tem feito em
relação aos Projetos do Governo. E nós, então, passamos a verificar alguns
pontos importantes. Certamente, conforme a análise do nosso querido Paulo
Müzel, o Projeto está completamente de acordo com o que prega a legislação
federal e a necessidade de sua adequação na cidade de Porto Alegre,
especialmente no setor gráfico, para combater a dita guerra fiscal que está
acontecendo, especialmente entre as cidades da Região Metropolitana, que não
adequaram à sua legislação municipal o que consta na legislação federal, criando
isenções, enfim, privilégios a mais do que, inclusive, é permitido pela
legislação federal, fazendo com que os setores pertinentes ao Projeto saiam da
cidade de Porto Alegre e fazendo com que a Prefeitura não tenha Receita
suficiente. Estamos perdendo empresas importantes para outras cidades, porque
não cumprem a legislação federal.
O que nós temos aqui,
quando se fala em isenções do IPTU, tem o seguinte objetivo (Lê.): “dar
efetividade e estender concessão do dispositivo ao maior número possível de
pessoas que se encontram na situação descrita na hipótese em questão”.
O Projeto está bem
claro, esclarece que “na atual sistemática, a concessão do benefício exige que
o contribuinte requeira a isenção e demonstre o seu direito, através de um
processo administrativo individual”. Essas centenas de solicitações que são
encaminhadas têm que ser analisadas à luz do que diz a Lei Orgânica do
Município. Portanto, nós temos já uma legislação clara que precisa ser mantida
e que precisa ser verificada.
E diz o seguinte
(Lê.): “Veda a concessão de benefício ou incentivo fiscal à pessoa física e
jurídica com infração não regularizada a qualquer dispositivo legal do
Município”. Isso é o que fala sobre as questões das isenções.
Depois, mais adiante,
quando pegamos a questão do setor gráfico: por que a redução de 2,5% na
alíquota de ISSQN? Porque há, de fato, toda uma tratativa para manter essas
empresas no nosso Município, e essa redução vai-se dar por um período de um ano
apenas. O tempo não é indefinido nesse contrato e nessa formatação, mas há a
necessidade de um Projeto nesse sentido.
No que tange ao ITBI,
também se está adequando o tratamento às questões necessárias (Lê.): “...em
relação ao qual o contribuinte é compelido legalmente a antecipar o pagamento
antes da efetiva ocorrência no fator gerador, é que se propõe a alteração
alocada no art. 18.”
Portanto eu falava
com o Ver. Bernardino Vendruscolo exatamente sobre isto: há uma adequação
apenas legal do aspecto formal da redação para facilitar a vida do contribuinte,
desmistificando a possibilidade de haver grandes alterações que lesem o cidadão
ou a própria Prefeitura.
Por fim, na questão
da Taxa de Coleta do Lixo, o que traz aqui é a possibilidade de aqueles que têm
seus imóveis tombados - está bem claro aqui - ou que têm seus imóveis na Área
de Interesse Ambiental poderem também ter acesso a uma isenção específica para
esses dois casos.
Nós não estamos
trabalhando com isenções na cidade de Porto Alegre; pelo contrário, há um
regramento, e isso está bem claro. A grande discussão do Plano Diretor foi
sobre como as pessoas podem, em função da necessidade de resgatar e manter o
patrimônio histórico - que pode ser tombado a partir da estrutura física ou da
questão ambiental - conservar o que é importante para toda a Cidade. E essa
adequação vem exatamente no sentido de produzir uma possibilidade aos donos dos
imóveis tombados e aos que têm terras em áreas de preservação ambiental de ter
um reconhecimento da Cidade com uma isenção nesse sentido.
Portanto a Bancada do
PT encaminha favoravelmente ao Projeto - já quero colocar aqui a nossa posição
-, e quero também dizer que estamos prontos a votar a qualquer momento. Se o
Plenário decidir que devemos votar agora pela manhã, podemos fazê-lo neste
momento, mas também reconhecemos a sugestão e a solicitação do Ver. Bernardino
e do Ver. Mauro Zacher, que estão pedindo ao Governo que analise as suas
propostas de alterações. Assim, para nós, a votação pode ser, sim, feita no
início da tarde - não no final, mas no início, porque nós temos uma pauta longa
de votação hoje. Obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Quero
agradecer os membros do Governo, da Secretaria da Fazenda e dos empreendedores
do ramo gráfico da Cidade pela presença. Sejam sempre bem-vindos à Casa do
Povo.
O Ver. João Antonio
Dib está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, hoje estaria certa aqui a história que tantas
vezes eu contei do americano rico e do guru indiano. O americano rico estava
cheio de problemas e foi lá no guru indiano. Eu vou abreviar a história,
contando apenas o final: o guru indiano, ao final, disse ao americano que havia
lhe perguntado se ele havia dito para todas as pessoas a mesma coisa, e todos
ficaram felizes: “Simplifica, meu filho, simplifica!”.
Ora, nós não estamos
simplificando! Nós estamos discutindo se votamos agora ou hoje à tarde! Nós
perdemos tempo, nós já deveríamos estar discutindo o Projeto! É por isso que eu
me lembro do guru indiano. Nós perdemos tempo, mas ainda há tempo para ser
recuperado. “Simplifica, meu filho, simplifica!” Vamos começar a votação! Saúde
e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Saúde e Paz,
Ver. João Dib.
O Ver. Valter
Nagelstein está com a palavra.
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Somente para
informar, como V. Exa já fez, aos Srs. Vereadores, que o Secretário
Adjunto da Fazenda, Zulmir Breda, e o Agente Fiscal da Receita Municipal, André
Brum de Sá, estão aqui no Plenário à disposição dos Vereadores para todos os
esclarecimentos.
Solicito que
seja deferido o pedido para que a votação do Projeto seja transferida para a
primeira hora da tarde. Parece-me que há a concordância de todos os Vereadores.
E, por último,
requeiro a V. Exa que, imediatamente, passemos à votação do próximo
Projeto, para ainda aproveitarmos o período da manhã que nos resta e
enfrentarmos alguma matéria, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Em votação
nominal, por solicitação da Verª Maria Celeste, o Requerimento de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 16 votos SIM, 02 votos NÃO e 04 ABSTENÇÕES.
Apregoo a Emenda nº
02, de autoria do Ver. Luiz Braz e da Verª Sofia Cavedon, ao PLL nº 286/08, com
o seguinte teor (Lê.): “Inclui Art. 2º ao PLL nº 286/08, com a redação que
segue, renumerando-se o atual art. 2º para 3º: ‘A área objeto da presente lei
não poderá ser utilizada para fins lucrativos, excetuando-se a obtenção de
recursos, manutenção e segurança da área’.”
Apregoo a Emenda nº 04, de autoria do Ver. Mauro
Zacher, ao PLCE nº 008/09. (Lê.): “Inclui onde couber a seguinte redação ao
texto legal: ‘Serão isentas do pagamento do Imposto Sobre Serviço de Qualquer
Natureza - ISSQN - as Cooperativas Educacionais de Ensino’.”
Requerimento, de
autoria do Ver. Mauro Zacher, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 04 ao
PLCE nº 008/09, às Comissões. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo a Emenda nº 01, de autoria dos Vereadores
Maria Celeste, Reginaldo Pujol e Airto Ferronato, ao PR nº 001/09. (Lê.):
“Inclua-se parágrafo onde couber: ‘§ A eleição do Presidente, Vice,
Relator-Geral e os três relatores temáticos e a própria composição da Comissão
Especial de Acompanhamento e Apoio à Copa do Mundo de Futebol de 2014 ocorrerá
anualmente’.”
Requerimento, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
solicitando a retirada de tramitação da Emenda nº 02 ao PLCE nº 008/09. Em
votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
Em votação o Requerimento, de autoria do Ver.
Nelcir Tessaro, solicitando que o PLL nº 149/09 seja considerado em Regime de
Urgência e submetido à Reunião Conjunta. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação o Requerimento, de autoria do Nelcir
Tessaro, solicitando que o PLL nº 095/09 seja considerado em Regime de Urgência
e submetido à Reunião Conjunta. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO
por unanimidade.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0856/09 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 029/09, de autoria do Ver. Waldir Canal, que determina a
instalação, nas áreas públicas destinadas ao lazer ou à recreação no Município
de Porto Alegre, de, no mínimo, 1 (um) equipamento para lazer e recreação infantil
adaptado a crianças com deficiência física ou mental e dá outras providências. Com
Emenda nº 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relatora
Verª Maria Celeste: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CEFOR. Relator
Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Paulinho Ruben Berta: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CEDECONDH.
Relator Ver. Ervino Besson: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da COSMAM.
Relator Ver. Beto Moesch: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLL nº 029/09, com Emenda n° 01.
(Pausa.)
O Ver. Waldir Canal está com a palavra para
discutir o PLL n° 029/09, como autor.
O SR. WALDIR
CANAL: Sr. Presidente, eu gostaria de deixar registrado que agradeço a todos os
colegas Vereadores, aos Relatores das Comissões Temáticas, a todos que
concordaram com os Pareceres, que foram unânimes à aprovação deste Projeto. É
um Projeto singelo, mas com um significado muito importante, pois trata da
inserção, ao lazer, das crianças com deficiência, que é um dever de todos, pois
a Constituição Federal estabelece que o lazer é um direito social, e os pais
dessas crianças têm de levá-las aos parques da Cidade e, muitas vezes, não
encontram ali sequer um brinquedo adaptado. O objetivo deste Projeto é fazer
com que, em todas as praças de Porto Alegre, exista, no mínimo, um brinquedo
especial para as crianças com deficiência.
Eu agradeço a todos os Vereadores que, nas Comissões, votaram favoravelmente, foram de acordo; à Verª Maria Celeste, que proporcionou uma Emenda importante, que deu condições para que o Projeto seguisse adiante; aos demais Vereadores, aos relatores, a todos os componentes da CCJ; também ao meu colega Ver. Ruben Berta, da CUTHAB; ao Ver. Elias Vidal, da CEFOR, enfim, a todos os companheiros que nos ajudaram a chegar até aqui com este Projeto.
Então, neste momento em que vai à votação, peço voto favorável, para que possamos ter, em Porto Alegre, esse instrumento de socialização nas praças de esportes, nos parques da nossa Cidade, um brinquedo especial para as crianças com deficiência.
O Sr. Beto
Moesch: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Em
primeiro lugar, parabéns pelo Projeto, porque, com isso, V. Exa
consagra o que já vem se fazendo há muitos anos, que são praças e parques com
inclusão e universalização à acessibilidade. Sempre que se faz um projeto de
praças e parques em Porto Alegre, por meio dos arquitetos e engenheiros da
SMAM, já se faz com rampas; inclusive todas as reformas são feitas também com
as rampas, e já temos vários equipamentos, nos brinquedos de praça e parques,
também para crianças deficientes, fora vários projetos no sentido de educar e
dar lazer para essas crianças.
Portanto, no momento em que V. Exa
consagra isso em Lei, não vai depender apenas dos funcionários da Prefeitura
fazê-lo, pois já há esse espírito; ao contrário, V. Exa, com este
Projeto, dialoga com o que já está sendo feito e mais, normatiza, dá uma
previsão legal para que, sempre que um projeto a ser feito para qualquer
equipamento público, também inclua o da acessibilidade para crianças e
adolescentes deficientes.
Parabéns porque, com isso, V. Exa
dialoga tanto com a necessidade de lazer e da necessidade de áreas verdes,
juntamente com a necessidade de garantirmos a inclusão desses equipamentos para
crianças deficientes. Parabéns, porque isso é um verdadeiro Projeto
socioambiental que está sendo votado, e, com certeza, vai ser aprovado em
instantes.
O SR. WALDIR
CANAL: Muito obrigado, Ver. Beto Moesch, é exatamente isso aí. Deverá haver
uma previsão legal, e não dependerá apenas de uma vontade dos que forem
instalar os brinquedos na praça.
O Sr. Dr.
Raul: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu
gostaria de me somar a essa iniciativa. Nós, que trabalhamos na área da Saúde
há tantos anos, procuramos sempre a inclusão social das pessoas com
deficiência, muito especialmente das crianças. Inclusive temos um Projeto que
facilita o agendamento telefônico, em Porto Alegre, para as pessoas com
deficiência, para que elas tenham um pouco mais de conforto. Realmente, as
nossas crianças merecem; e Porto Alegre, de maneira coletiva, deve agradecer
esse tipo de iniciativa que só qualifica a Cidade do ponto de vista de ambiente
e de convivência, e essa sua iniciativa deve ser valorizada e implementada o
mais rapidamente possível pelos órgãos competentes nas nossas praças, nos
nossos parques e onde couber.
O SR. WALDIR
CANAL: Muito obrigado, Ver. Dr. Raul.
O Sr. Nilo
Santos: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver.
Waldir Canal, quero lhe parabenizar por este Projeto, dizer que também somos
favoráveis a ele, e este Projeto nada mais é do que um gesto de amor. Então,
parabéns.
O SR. WALDIR
CANAL: Obrigado, Líder do PTB.
O Sr.
Reginaldo Pujol: V. Exa permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Vereador, eu acabo de me inscrever, para que V. Exa
tenha mais tempo e possa continuar sendo liberal como está sendo ao conceder os
apartes. Quero salientar a V. Exa que o seu Projeto foi aprovado por
todas as Comissões da Casa, inclusive pela Comissão de Constituição e Justiça,
porque poderia haver alguma dúvida quanto a problemas de invasão de competência
ou não, mas a Verª Maria Celeste deu um brilhante Parecer que contornou esse
aspecto.
Então, conforme as Comissões - CEFOR, pelo Ver.
Elias Vidal, ou a CUTHAB, pelo Ver. Paulinho Ruben Berta, CEDECONDH, pelo Ver.
Ervino Besson, e COSMAM, pelo Ver. Beto Moesch, que já veio aqui ao microfone
dos apartes oferecer solidariedade -, seria desnecessária até a discussão, mas
V. Exa está sendo didático, colocando com exatidão o que quer e o
que pretende. Essa é uma proposta que pode parecer simples, mas que tem um
sentido, o sentido educativo e de posição. Em verdade, a colocação do
brinquedinho ali para o portador de deficiência é o gesto político de quem quer
se comprometer com a causa, de considerá-los também gente e, como tal, passível
e merecedora da atenção do Poder Público. Meus cumprimentos.
O SR. WALDIR
CANAL: Obrigado, Líder do DEM, Ver. Reginaldo Pujol.
A Sra Sofia Cavedon: V. Exa
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Waldir, queremos
parabenizá-lo, a Bancada do PT certamente votará a favor. Chamo a atenção para
a importância da sensibilidade e da percepção do seu Projeto. A Cidade, de
fato, tem que se tornar acessível em todos os aspectos. E para essas crianças
que, há pouco tempo, eram tão segregadas, tem que haver esse olhar, para que
todas elas, com deficiência ou não, tenham um lugar para brincar, tenham um
espaço na sociedade. Não é só a escola que tem que se adequar para atender as
pessoas com deficiência. E o seu olhar mostra isto, ou seja, que precisamos
avançar para todas as áreas, que é interdisciplinar.
Parabéns. V. Exa
tem o nosso apoio e depois a cobrança para que aconteça.
O SR. WALDIR CANAL: Com certeza, vamos
cobrar juntos.
O Sr. Valter Nagelstein: V. Exa
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador Canal, eu só queria dizer
a todos que nos assistem e nos ouvem que o PRB está muitíssimo bem
representado, nesta Casa, com o trabalho de V. Exa. Quero
cumprimentá-lo por toda a produção, ao longo deste ano, e dizer que este
Projeto é extremamente importante e meritório.
No ano passado, no
término da eleição, eu fui a Israel, até por agradecimento pelo trabalho e pelo
esforço que, no fim, tinha sido recompensado. E lá me deparei com as praças, e
vi aquilo como exemplo que podemos aplicar aqui: os equipamentos de educação
física para as pessoas e o playground
para as crianças, inclusive, com piso emborrachado, porque este é um problema
que temos: a criança cai no piso - que é normalmente feito de areia - e se
machuca. E fiquei com aquilo na cabeça, como um ideal a perseguirmos aqui. Eu
vejo que, em parte, estamos indo ao encontro daquele ideal que eu tinha com a
aprovação do seu Projeto hoje.
Então, quero
cumprimentá-lo e parabenizá-lo pela excelente iniciativa e dizer da nossa
alegria. Toda a Bancada do Governo, tenho certeza, vai apoiá-lo. Parabéns.
O SR. WALDIR CANAL: Ver. Valter, Líder do
Governo, obrigado pelas suas palavras.
A Sra Maria Celeste: V. Exa
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Waldir Canal, também quero
dizer, com muita satisfação, que a Bancada do PRB, representada por V. Exa,
tem trazido não só este tema como Projeto de Lei nesta Casa, na área da
infância, mas há outros projetos que tive o prazer de ser Relatora na CCJ, de
sua autoria, que tratam da infância e também da questão da terceira idade em nossa
Cidade, criando conselhos, regulamentações tão importantes para essas duas
faixas etárias, que são as mais prejudicadas do ponto de vista da sociedade,
tanto o idoso, que está na terceira idade, quanto a criança e o adolescente.
Mas V. Exa traz, especificamente, nesta questão, a importância do
reconhecimento das crianças portadoras de necessidades, nos mais diversos tipos
de necessidades especiais e, portanto, um olhar mais apurado, mais aguçado do
Poder Público em relação à acessibilidade e à oportunidade de todas as crianças
terem as mesmas possibilidades e serem tratadas da mesma forma. Portanto, eu já
havia feito o parecer na CCJ, favoravelmente à tramitação da matéria, mas quero
aqui, publicamente, reconhecer o seu trabalho nessa área e dizer que contem com
a Bancada do PT, certamente, para a provação do seu Projeto. Obrigada.
O SR. WALDIR
CANAL: Muito obrigado, Verª Maria Celeste, Líder do PT.
O Sr. João
Pancinha: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver.
Waldir Canal, quero parabenizá-lo pela iniciativa neste momento em que se
discute muito a questão da educação das crianças portadoras de necessidades, a
exclusão e a eliminação dessas escolas que atendem essas crianças portadoras
dessas deficiências. Então este Projeto de V. Exa vem justamente ao
encontro das necessidades e pode fazer com que os nossos deputados repensem um
pouco mais a questão das escolas que atendem as crianças portadoras de
necessidades. Parabéns e conte sempre com o meu apoio.
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): Srs. Vereadores, eu não posso postergar mais o
tempo, porque já foram duas intervenções, mas as inscrições continuam abertas
para os outros Vereadores, apenas para que o Vereador possa concluir.
O SR. WALDIR
CANAL: Muito bem, eu gostaria de agradecer ao meu companheiro Ver. Paulinho
Ruben Berta; sei que ele faria a manifestação, mas não o fez por causa do
tempo.
Eu concluo, meu amigo, Ver. Adeli, dizendo que este
Projeto é de todos nós; é um Projeto simples, mas tenho certeza de que haverá
por parte do nosso Governo Municipal o desejo de implementá-lo, porque essa é
uma realidade, uma necessidade. Agradeço a todos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Luciano Marcantônio está com a palavra para
discutir o PLL nº 029/09.
O SR. LUCIANO
MARCANTÔNIO: Presidente Adeli, muito obrigado; colegas Vereadores, eu quero
parabenizar o Ver. Waldir Canal pela inteligente iniciativa de encaminhar este
Projeto de Lei que trata de um tema importantíssimo que são as nossas crianças
com deficiência. Infelizmente, nas áreas de lazer, nos nossos parques, praças,
hoje não existe um brinquedo, não existe uma instalação, um equipamento que
propicie o lazer, a recreação, a alegria para essas crianças com deficiência. E
essa atitude, Ver. Waldir Canal, que cada vez se torna um referencial aqui
nesta Casa, em defesa das pessoas com deficiência, vem a contribuir fortemente
para nossa busca - eu sou parceiro - pela inclusão social das pessoas com
deficiências.
Eu tive a honra de ser nomeado, pelo Governador
Rigotto, membro fundador do Conselho Estadual das Pessoas com Deficiências, e
ali aprendi muito sobre as mazelas, a exclusão que essa parcela significativa
da sociedade brasileira - chegando a 14% da população de Porto Alegre - sofre
em relação à falta da acessibilidade.
Nós temos, Ver. Waldir Canal, a obrigação de ser
uma voz ativa, permanente, fiscalizadora, atuante, para, cada vez mais,
buscarmos projetos que sejam importantes para o cotidiano das pessoas com
deficiências e que, realmente, transformem a vida das pessoas com deficiências,
façam com que elas sejam, cada vez mais, incluídas na sociedade.
O principal - e é isso que eu quero destacar - é
que, infelizmente, falta muita política de qualificação profissional e de
inclusão no mercado de trabalho para as pessoas com deficiências. Nós temos que
refletir e buscar uma ação conjunta, nós, Vereadores, que estamos comprometidos
com essa bandeira, no sentido de elaborar alguma política pública, através de
algum projeto de lei significativo que realmente comece a transformar a
realidade, hoje, que é difícil, em relação à pessoa com deficiência, de poder
trabalhar e, através do seu trabalho, poder gerar a sua renda e, com isso, se
tornar uma pessoa com dignidade, uma pessoa respeitada na sua família, uma
pessoa moralmente resolvida, porque são milhares de pessoas com deficiências
que têm condições de atuar no mercado de trabalho, mas que, por falta de uma
política de qualificação e inclusão, ficam fora de uma atividade laboral. Esse
é um drama que nós temos que combater. E nós temos que buscar, cada vez mais,
conscientizar a iniciativa privada, que hoje já tem a Lei de Cotas, que tem que
cumprir, mas não sabe onde buscar a pessoa com deficiência para poder preencher
essas cotas. Nós temos hoje políticas públicas que não têm banco de dados com
pessoas com deficiência, para poderem ser encaminhadas a essas empresas. Então,
esse é o ponto em que eu quero como Vereador de Porto Alegre, e a partir da a
sua sabedoria, Ver. Waldir Canal, em relação à política de inclusão das pessoas
com deficiência, me deter, priorizar, ou seja, vamos buscar as pessoas com
deficiências que podem ser qualificadas, que podem ser inseridas no mercado de
trabalho. Vamos fazer com que elas contribuam não só para a sociedade, mas que
contribuam com a sua família, que se tornem seres ativos da sociedade,
protagonistas da sociedade. Assim nós teremos feito justiça a essa parcela de
14% dos porto-alegrenses. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Paulinho Ruben Berta está com a palavra para
discutir o PLL nº 029/09.
O SR. PAULINHO
RUBEN BERTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, saúdo todos
que nos assistem e nos escutam. Eu gostaria, Ver. Waldir Canal, de dizer que só
poderia vir do senhor um Projeto desse, pois V. Exa é um homem que
lida com o povo diretamente, sendo um colaborador do nosso povo mais carente,
mais necessitado, principalmente dos mais necessitados, preocupado com a
sensibilidade dos nossos portadores de deficiências, que são, hoje, na maioria
dos casos, excluídos do dia a dia, excluídos de uma rotina que todos nós
podemos exercer, e essas pessoas não conseguem, porque a Cidade, muitas vezes,
não oferece essas condições.
Então, eu quero dizer, em nome do meu Partido, em
nome da Bancada do PPS, do Ver. Elias Vidal e do Ver. Toni Proença, que nós
somos totalmente favoráveis e nos somamos a este
seu Projeto de Lei com muita alegria, com muita satisfação, com muita vontade,
porque, cada vez que nós passarmos numa praça, numa área de parque, ou em
outras situações também, e virmos uma pessoa com deficiência podendo atingir,
nas mesmas condições de todos os demais, os equipamentos, nós vamos nos sentir
satisfeitos por sabermos que fizemos parte disso. Muito ainda vai ter que ser
feito, muitas coisas vão ter de ser feitas, mas ficou menor a nossa
responsabilidade para que isso venha a se concretizar com o seu Projeto, o
senhor pode ter certeza disso, e, aqui, neste Vereador, V. Exa tem,
pode ter certeza, um admirador maior ainda.
Quero dizer que nós
ficamos muito felizes com isso, e principalmente na minha Região, que é tão
carente de áreas de praça, de equipamentos, de acessibilidade, de calçadas,
enfim, isso só vem a somar. Parabéns ao senhor, parabéns pela sua atitude.
Parabéns! Que Deus nos ajude no sentido de continuarmos tendo essas inspirações
para fazer este tipo de projeto. Parabéns, mais uma vez. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Em votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 029/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA. (Palmas.)
Em votação o PLL nº
029/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO pela unanimidade dos presentes. Parabéns,
Ver. Waldir Canal.
(O Ver. Sebastião Melo reassume a presidência.)
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 3911/09 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 222/09, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, que concede o
título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao padre Neri Divino Ortolan.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica
para a tramitação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos
termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM.
O SR. PRESIDENTE
(Sebastião Melo): Em votação nominal o PLL nº
222/09. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 7041/08 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 286/08, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que desafeta da
destinação do uso de bem comum do povo, para fins de doação futura ao Grêmio
Náutico União, um próprio municipal situado na Rua Armando Pereira Câmara. Com
Emenda nº 01. (desarquivado pelo Ver. Ervino Besson)
Parecer:
- da CCJ. Relatora
Verª Maria Celeste: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e da Emenda nº 01.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, VIII, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLL nº 286/08. (Pausa.) Não há quem queira discutir.
Em votação a Emenda
nº 01 ao PLL nº 286/08. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda
nº 02 ao PLL nº 286/08. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação o PLL nº
286/08. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como estão. (Pausa.) APROVADO, com voto contrário do Ver. Pedro Ruas.
Apregoo Requerimento
da Verª Sofia Cavedon solicitando inclusão do PLL nº 106/05 na Ordem do Dia por
força do art. 81 da Lei Orgânica do Município.
Convido os Líderes
para se aproximarem da Mesa Diretora. (Pausa.)
Obrigado, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores. Peço àqueles que serão Relatores das matérias que permaneçam aqui.
Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 11h54min.)
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